HEY !

      
          Olá leitores :) voltei para divulgar o meu novo endereço, pois como havia dito resolvi renovar as ideias e trazer uma nova proposta. Então, passo para deixar aqui o endereço do orgasmo vicioso, meu novo endereço.

É isso galera, beeeeeeeeeijos !

Orgasmo vicioso

The end


       Eu quis fazer diferente, falar de tudo aquilo que eu julgava importante e comum. Mas, de uns tempos para cá, percebo que fiz o julgamento errado e que aquilo que eu considero legal não satisfaz aos que buscam uma boa leitura. 
         Quase sete anos de escrita, um deles, dando a cara a tapas. Um ano errando, tentando acertar, tentando oferecer algo de bom. Foi bom enquanto durou, mas declaro o fim do blogando com síngular. 

       Peço desculpas aos leitores fiéis e aos seguidores. Mas, declaro que em breve trarei uma nova proposta. 

        beijos, fiquem com Deus :) 

Índios



" Quem me dera
Ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro
Que entreguei a quem
Conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora
Até o que eu não tinha
Quem me dera
Ao menos uma vez
Esquecer que acreditei
Que era por brincadeira
Que se cortava sempre
Um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda
Quem me dera
Ao menos uma vez
Explicar o que ninguém
Consegue entender
Que o que aconteceu
Ainda está por vir
E o futuro não é mais
Como era antigamente.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer.
Quem me dera
Ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.
[...]
Quem me dera
Ao menos uma vez
Acreditar por um instante
Em tudo que existe
E acreditar
Que o mundo é perfeito
Que todas as pessoas
São felizes..."
Renato Russo 

Daniella


      Meados de dois mil, sábado, certamente de sol. Saí com a minha mãe para cumprir uma missão, e assim não faltar um compromisso rotineiro. Como de costume, pegamos o ônibus e fomos. Chegamos lá, fizemos o que sempre fazíamos, tudo normal. De repente, um casal entra com sua filha. Apresentaram-me a garota, que me cumprimentou tímida, porém com simpatia. Conversamos, brincamos, rimos. No final da tarde, fomos embora e eles também.
        Foi uma tarde prazerosa, muito legal. A partir de então, sempre que nos víamos, conversávamos e nos divertíamos. Nossos pais se tornaram amigos, e nós apenas boas companheiras. Eu me sentia feliz ao lado dela, sem sequer saber onde morava, onde estudava, do que gostava. Essa amizade desconhecida e desconfigurada perdurou, até o momento em que perdemos o contato, que já não era frequente.
        Antes de conhecê-la, já havia conhecido a sua avó, que sempre fora muito irreverente e simpática comigo. Nesse período de afastamento, que hoje chamo de desencontro, a avó dela me trazia notícias, daquela criatura tão legal.
         Anos se passaram. Um, dois, dez. Eu já havia completado quinze e tomado a decisão que mudaria a minha vida completamente. Encontrei a avó dela e soube que ela também havia tomado tal decisão. Fiquei feliz, mas sabia que em dez anos muita coisa havia mudado e certamente ela não faria questão de retomar aquela amizade.
         Primeiro dia de aula, estávamos na mesma escola, no mesmo curso, na mesma sala, mesma turma. Nos cumprimentamos, ela foi simpática, e receptiva. Um mês depois descobri que tínhamos quase tudo em comum, que eu gostava dela como se fosse da minha família e que havia encontrado uma pessoa muito especial. Não só recuperamos aquela amizade adormecida, mas também, reforçamos os laços que nos unem, para que não se solte nunca mais.
          Dois mil e dez foi dez! Ano de reencontro, reconstrução e momentos bons, ao lado da minha amiga querida, que me trouxe não só o conselho, o sorriso, mas que me trouxe um novo viver.

        Texto em homenagem àquela de sorriso sincero, olhar profundo, gestos doces e bom coração. Que esteve do meu lado nos momentos de queda e de glória. 

            

Aconchego


      Época de natal, presentes, movimento intenso nas ruas. Pessoas saiam e entravam nas lojas, tornando o centro da cidade semelhante a um formigueiro alvoroçado. Resolvi dar um passeio, mesmo sem rumo certo. Saí, encontrei duas amigas, que estavam indo para o shopping, resolvi acompanhá-las. 
       O movimento era mais intenso que o das ruas, o condicionador de ar não dava conta daquele calor infernal.  As duas estavam alegres, eufóricas, falantes, feito duas matracas. A cada dez palavras de cada uma, eu falava três, talvez três e meia. Uma delas, relatava o término de um namoro. Enquanto a outra a consolava, aconselhando-a a ir em uma festa no próximo final de semana... Ambas estavam doidas para tropeçar em algum daqueles desocupados que frequentam o shopping, apenas para "pegar" umas garotas. 
        Eu, mesmo na companhia das duas, no meio da multidão exaltada com o clima natalino, me sentia pálida, sozinha, singular. Me comportava como se eu usasse uma capa de invisibilidade, sem notar quem passava por mim, e sem ser notada. Aquele ar de vulgaridade e sede, das duas, já estava me irritando, e me fazendo sentir pior. 
         Abandonei-as e me sentei em um banco, em frente a sorveteria. Observei as crianças, os amantes, os passantes, as peruas. Tentei me aconchegar no sorriso da menina, no beijo do casal, na alegria daqueles que passavam e na luz que cada bracelete de ouro emitia. E o resultado de tudo isso foi nulo, pois da minha boca só saía o silêncio, dos meus olhos a lágrima subentendida, da minha mente a culpa por sempre ter vivido assim, e do coração já não saía absolutamente nada. 
          Anos se passavam, naquele banco, onde amarguei durante tempos a minha extinta solidão. Hoje penso como a vida é louca, pois no meio de milhares pessoas eu era só, e ao lado de apenas uma sou cercada de tudo que a minha necessidade não necessita mais. 

Epígrafe


  
          Somos escritores por natureza.Criadores da história mais fantástica, cujo roteiro muda a cada instante, a cada palavra, ou por uma simples ação. Um gesto pode representar o início de um novo capítulo ou o fim repentino e cruel da narrativa. Essa história não permite rascunho, nem necessita de criatividade ou habilidade com as palavras. A vida é semelhante a um livro, escrevemos uma página a cada dia, um capítulo a cada ano, às vezes, uma série a cada etapa.  
         Dois mil e dez foi um capítulo de alfabetização, de ingresso em uma nova etapa, início de uma nova página, um novo capítulo, encerramento de uma fase. A descoberta daquilo tudo que eu não considerava novo, por pensar já conhecer, por ter lido em outros livros, visto em outros registros. Mas hoje posso dizer que conheço, pois tais novidades fazem parte do meu livro, da história que escrevo e participo. 
           Dois mil e onze inicia. Nova página, novo parágrafo, novo título, novo capítulo, novas histórias, novas emoções, novas descobertas, novos desafios... A renovação que vem para mostrar novos caminhos, novas fontes, princípios, verdades. 
              Viva 2011, inicie o seu capítulo, abra o seu coração para novas emoções, a sua mente para novas descobertas, seus braços para novas pessoas e um sorriso para os novos dias. Faça desse o melhor capítulo da sua história. Faça desse um capítulo de superação, esperança, afeto, mudanças. Faça desse o capítulo inesquecível, dê prazer ao seu leitor, mas antes, sinta orgulho de si mesmo. 

              Um feliz ano novo, 

                      votos sinceros de Síngular Wallentine. 

Noite e dia

  
     O que seriam das nossas noites sem as corujas, que insistem em nos vigiar, diante da escuridão? As noites seriam sem graça, sem impacto, de intensidade nula. As corujas, apesar de todo o mal, trazem consigo propostas de desafio, para ver de que realmente somos capazes, e qual o limite máximo que podemos alcançar. 
      Todos tem tal coruja, em algum momento da vida. Na bagagem trazem os pesadelos, as sombras, as tempestades, os mais tenebrosos ventos, que por um segundo, nos fazem acreditar que somos fracos e que, de fato, vamos cair.
       Felizmente o dia sempre amanhece, as flores se abrem exalando a mais rica fragrância, os pássaros soam o som capaz de cessar qualquer tormento, enquanto as corujas somem, uma a uma. A energia do sol nos traz forças para reconstruir a esperança, e muita luz para que enfrentemos corajosamente a próxima noite, em busca do novo dia. 

Surpreenda a você mesmo, e se mostre capaz de espantar as corujas da sua vida! Beijos. 

Bucólico

      
       Águas passadas retratam saudades que passam pelo grande vale sem querer. Andam perdidas sobre a correnteza que nos leva à um sentido incerto, rumo a grandes ou pequenas emoções. Águas que descem da cachoeira trazem o presente, que se renova a cada instante. 
        O brilho do sol espelha as águas, refletindo vida e superioridade, com relação as nuvens negras que insistem em trazer a sombra. A brisa leva tudo o que há de ruim, enquanto o vento sopra trazendo desafios. Pássaros pousam sobre o lago em busca de frescor, porém, voam quando chega a hora da partida. Mas, os peixes ficam até a morte dentro do lago, pois precisam das águas para sobreviver. 
         Minha correnteza possui águas passadas, que retratam aquele sorriso de um pretérito recente, e águas limpas, originadas das nascentes, trazendo um presente sem igual.O sentido desta grande correnteza não sei ao certo, mas tenho plena certeza de que o sol sempre me dará luz para espantar as sombras. 
        Não sei se você é o pássaro, breve, ou o peixe, que veio para ficar. Só sei que o passado a brisa levou, e o vento te trouxe me propondo um desafio, que minha resistência não me permite recusar. De olhos fechados para qualquer insegurança que possa vir me rondar, abro os braços e deixo tudo por conta da incerteza, do futuro e do caminho a trilhar. 

Não faz sentido

      

        Após olhar os noticiários, ler os jornais locais, revistas, aumento gradualmente o meu índice de indignação contra os "monstros" que se dizem seres humanos. O índice de tragédias só aumenta, e a criminalidade faz de inocentes suas vítimas. 
          Definitivamente, não faz sentido abuso sexual! Onde está a justiça? As autoridades? O governo? As "autoridades", como sempre, ausentes, mudas, surdas e cegas diante de tantos problemas. Mas agora eu pergunto, onde estão os pais destas criaturas? 
           O índice de abuso sexual é absurdo, e,na maioria dos casos, a ponte que liga assassino e vítima é a nossa querida rede. Homens que seduzem meninas e meninos que circulam por sites de relacionamento em busca de aventuras, amor, amigos... E os pais? Não sabem da vida do filho que sequer saiu de casa, pois infelizmente o perigo mora conosco, e qualquer "entrer" inconsequente pode ser fatal. 
            A rede está minada de bandidos, de monstros, de animais selvagens a procura de presas. Mas, sinceramente, creio que estas jovens não são completamente inocentes, como alegam os pais, depois do acontecido. Afinal, quem procura acha... Mas, não cabe a mim, julgar ou não. Minha função aqui é apenas fazer um apelo por vidas, por seres, que assim como eu, só querem viver. E não devem ter esse direito retirado por alguém que perdeu o amor pela própria vida. 
             Psicólogos alegam diversos motivos para este tipo de comportamento. Porém, abusar de alguém sexualmente é algo sem justificativas, pois, é impossível justificar um ato tão desumano e covarde. É algo que vai além do prazer, e torna-se doentio. Infelizmente voltamos aos tempos primitivos em pleno séc. XXI, épocas de brutalidade e satisfação a qualquer custo. 
              Portanto, é importante tomar cuidado com as relações virtuais, e os pais devem tomar mais cuidado com seus filhos, de maneira amigável, dando-lhes liberdade para falar de suas vidas, pois, o perigo está dentro das nossas casas e ligados por apenas um fio. 

Tendência


      Corpos sedentos por flashes, aplausos e reconhecimento circulam por todos os cantos, em um mundo onde exibir-se é uma necessidade fundamental para a existência. Acompanhar a moda é uma regra básica e fundamental e ser perfeito é característica que deve vir do nascimento ou surge através do mágico bisturi.
      Este mundo a qual me refiro, é o que vivemos. Afinal, a imagem exibida aos demais é o que importa, o que abre portas para o mercado que valoriza corpos perfeitos, promovendo centenas de pessoas com este perfil. O mundo virtual facilita essa exposição, afinal fotos, vídeos, artigos circulam livremente pela rede, como uma bola rola durante um jogo. Passa de pé em pé, e se a informação valer a pena, é gol. Aquele bonitão, ou aquela gata logo estarão a serviço da mídia, ou na boca e admiração do povo.
       Se tratando de rede, o twitter tem sido um dos maiores contribuintes para que o íntimo de cada um role como uma bola de neve. O que faço aqui não é uma crítica a fim de ridicularizar, mas sim enfatizar a minha opinião, e simplesmente demonstrar o quanto eu considero banal saber o que você comeu ontem durante o almoço, ou a que horas dormiu, ou até mesmo com quantos transou na semana passada...O quão banal considero ver ensaios fotográficos de mulheres e homens nus, e a indiferença que faz na minha vida saber se Jolie e Brad estão ou não separados...
       Acredito que a exposição é algo que pode ser positivo, eu me exponho a cada texto que publico aqui... Mas, tenho consciência de que se você leitor está aqui, é pelas minhas ideias e não para ver meu corpo exposto, o que não lhe acrescentaria nada... Além do twitter, reality shows e outros programas de televisão são responsáveis por promover este período de exibições em que vivemos, tornando isso um requisito para ser considerado existente...
       E assim, pessoas bem resolvidas, com boas ideias, acabam por serem deixadas de lado. E isso ocorre com frequência nos círculos sociais, na relação entre homens e mulheres, principalmente. Nos deixamos influenciar pela opinião alheia, pensamos em estar perfeitos para impressionar o próximo, para mostrar que somos capazes ou tão bons e belos quanto os filhos da perfeição...
        Essa é a era pós moderna, tempos de magreza e saudações a imagem.

Estereótipo de vida, em promoção

  
     Reality show é um programa de televisão que expressa o cotidiano de pessoas comuns, ou seja, sem personagens ou efeitos, propõe a sobrevivência do indivíduo em determinado espaço.
     O portal wikipédia (2010) define o reality show como um tipo de programa popular no mundo inteiro, e aponta os diversos tipos de reality shows existentes, enfatizando o Big Brother como um dos programas de maior repercussão mundial. Segundo o site, "o protagonista se converte em um estrela, uma vez que uma das funções dos meios de comunicação é outorgar status".
     Mautner (2010) trata o reality show como um veículo de exposição pessoal e critica a necessidade de exposição vivida no século XXI, pois atualmente a exposição é vista como uma necessidade, como se apenas expondo-se você será realmente visto. E declara:
Acompanhamos  todos as fases: desde o mútuo
 conhecimento até a despedida, cada medo, cada
traição, cada saudade(...), não uma história mas vidas
sendo vividas.    
  
      Reality show, o grande "elevador da televisão mundial", afinal muitas pessoas se promovem através deste tipo de programa, em busca de fama e reconhecimento, por apenas ser mais um produto selecionado "a dedo" pelos donos da vitrina, para apenas demonstrar o dia-a-dia proposto para pessoas estranhas.
    Existem muitas pessoas que sobrevivem diariamente, durante anos, uma vida inteira. Enfrentam problemas superiores a uma prova do líder, enfrentam paredões diários contra si mesmos, muitas vezes se veem sem saída e, mesmo assim, superam. Será que vale dedicar atenção a meros manequins de uma vitrina que vende a "vida perfeita"?

Permita-se

  
    Aprenda tudo aquilo que não nasceu sabendo. Alimente a sua razão e a sua alma, com a mais pura aveia e saboreie todas as novas informações. Absorva-as como se fossem raios. Transforme-as em melodia. Ouça tudo o que puder e pense bem antes de falar. Faça tudo aquilo que lhe der vontade, mostre seus sentimentos, e não diga nada por dizer.
       Não brinque com os sentimentos alheios, pois não gostaria que o fizessem com você. Não julgue antes de conhecer e elogie sempre que quiser. Critique quando necessário, desde que sua crítica seja construtiva. Mostre aos melhores, que você também é capaz. Faça uma viagem, nem que seja até a esquina. Voe, nem que seja apenas em sonhos. Mexa o corpo, mesmo se não houver música.
        Não espere que a sua estrela brilhe por conta própria, faça ela brilhar. Mas, para isso, não atropele ninguém. Existem maravilhas para todos! Ouça os mais velhos, eles sempre saberão o que lhe dizer. E mesmo que pareça "sem noção", no momento, reflita... Pois, certamente, em algum momento você vai encontrar razão nas palavras dos veteranos.
         Faça da sua casa o melhor lugar, chame os amigos para sair. Sorria! Porque a vida é curta, passa rápido. E pode ser cada vez melhor se você souber aproveitá-la. Faça muito mais do que a sua razão ordena e prenda certas palavras na garganta, e seja o mais livre que sua mente permitir.

beijos ;*

Paradoxo

       Que ambuguidade é essa, que me corrói, e enaltece a minha solidão. Que ambuguidade é essa que percorre todos os espaços obscuros do meu corpo, entra nos tímpanos e se aloja nas mais profundas entranhas. Que ambuiguidade é essa? Que me deixa tão mal e tão bem ao mesmo tempo, capaz de manter o equilíbrio mais desequilibrado de todos.
        Vivo a ambuiguidade. O duplo sentido. A explosão. Quero, sem querer. Te chamo, quando te quero longe. Te faço carinho, quando na verdade quero teu sofrimento. Sou cínica, quando a minha intenção é sincera. Viajo, quando não quero pensar em nada. Fico em claro, nas noites que quero dormir. Repito erros, que queria esquecer. Faço planos, para o tempo que já passou. Morro a cada dia de vida.
          Que ambuiguidade é essa que une as nossas mentes, quando queremos distância um do outro? E nos faz sentir inseguros, quando nossos olhares demonstram plena segurança... Insegurança essa que se instala no local mais oculto e nos faz esquecer do que somos capazes, e o quanto somos capazes.
            E assim, me banho na secura do vazio. Me animo ao som do mais belo silêncio, que me faz lembrar essa ambuiguidade... Que nos faz gêmeos, quando opostos. Felizes quando chorosos. E apaixonados, sem sequer se conhecer.

   Beijos :*

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